14 agosto, 2005

Dragão pronto para o arranque da SuperLiga


O ambiente esteve quente no primeiro jogo do F.C. Porto no Dragão antes do arranque oficial da temporada 2005/06. Ao fim de tarde de calor intenso juntou-se um público entusiasta que quis vibrar com o futebol azul e branco e não parou de incentivar os seus artistas, ensaiando cânticos para o calendário competitivo que se aproxima. A equipa agradeceu e cumpriu mais um ensaio positivo e impôs-se com naturalidade.
A temperatura não estava propriamente favorável a grandes correrias, mas o F.C. Porto tinha uma estratégia para testar e queria exibir aos seus o produto do trabalho aturadíssimo que tem desenvolvido desde que reabriu a oficina. Co Adriaanse montou a equipa confirmando uma tendência dos jogos mais recentes, voltando a colocar César Peixoto na lateral-esquerda.
A máquina começou desde logo a produzir futebol em série, procurando fixar-se em terrenos avançados e desenhar lances capazes de terminar em perigo. Um remate de McCarthy, logo aos seis minutos, destapou o casamento entre o F.C. Porto e o futebol empolgante e soltou a euforia pelo estádio.
O primeiro disparo na temperatura surgiu no minuto 25, no momento em que Jorginho cabeceou com êxito um cruzamento em esforço de Lisandro. A atmosfera já tinha ficado muito abafada quando, cinco minutos antes, o brasileiro ficara a centímetros do festejo, mas ficou sufocante a partir do momento em que a rede do espanhol abanou pela primeira vez.
Em brasa, o Dragão procurava agora o estado de ebulição. Lucho exigia uma grande defesa a Kameni e Jorginho desperdiçava uma correria solitária. Estava mesmo quase. Mais um golo e o palco explodia. A partida estava na rota certa.
Dizer que o F.C. Porto justificava outra vantagem à saída para o descanso pode parecer desnecessário, mas fica sempre bem deixá-lo aqui escrito. O Espanhol tentara jogar futebol em todo campo, o que só valorizava a produção azul e branca, mas não apresentava argumentos consistentes. Foi por isso que a segunda parte teve ainda mais oportunidades para o Dragão.
Com Alan a estourar a resistência contrária e Diego a carrilar o jogo que Raúl Meireles e Lucho conquistavam, o F.C. Porto mostrava-se mais expedito do que nunca, suando jogadas de perigo e refrescando-se com os aplausos dos seus adeptos. Até aos segundo e terceiro golos, Lisandro, Jorginho e Diego, este de grande penalidade, tinham estado bem perto de escaqueirar mais um termómetro. Com um pouco mais de pontaria, a goleada antecipada teria sido um refresco saboroso.
Mas nem foi necessário esperar muito por uma corrente de ar. O arranque de Alan provocou uma ventania tremenda e o que se seguiu foi uma autêntica tempestade para a defesa do Espanhol. Jorginho recebeu, maltratou os rins de um contrário e sentou Kameni. Um grande golo, uma pré-euforia, confirmada bem perto do fim pela raça de Lisandro e pela classe de Lucho. Na tarde de ontem, o fogo do Dragão estava mesmo muito quente.


Estamos prontos, Venham os seguintes... Até domingo.

Sem comentários: